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17 de novembro de 2008

San Pablo

No primeiro fim de semana deste mês eu fui para São Paulo. Nunca havia ido e achei tudo muito estranho. MUITO estranho. Tudo grande demais, viadutos, pontes e avenidas em toda direção. Para quem nunca morou em uma cidade realmente grande (morei no Rio de Janeiro desde que nasci até meus três anos de idade, então não conta), Sampa parecia uma coisa de outro mundo.

E como eu adoro observar, percebi que a maior cidade do país tinha outras coisas que a diferencia da mais roceira das capitais, Belo Horizonte.

As pessoas, por exemplo, são estressadas. Claro que não estou generalizando, mas os paulistanos com quem tive contato não dão bom dia, não sorriem e estão sempre correndo, de cara fechada. O recepcionista do hotel nem olha pra gente. Um dia perguntei se eu ainda podia lanchar devido ao horário. O que ele respondeu? Mas vai ficar até que horas? Isso depois que eu perguntei duas vezes e ele nem olhou.

Depois que um taxista falou que São Paulo não pára, após perguntarmos o horário de funcionamento de algum lugar que eu não me lembro, é que parei para pensar no motivo daquele stresse todo.

Calma! Não sou uma lesada que nunca ouviu essa frase antes, mas ouvir de um paulistano na sua terra natal é outra coisa. O negócio deixa de ser uma frase que a mídia fala e passa a ser uma verdade, dita por uma pessoa que vive aquilo.

Vendedores, adolescentes, trocadores, pedestres, motoristas, cães, todos estressados e de cara feia. Sim, até os cães! Um deles inclusive invocou comigo do nada! Pergunta se o dono deu aquele sorrisinho amarelo de desculpas. Nada, continuou andando e o maldito pincher latindo pra mim!

Uma mulher estava no seu carro atravessado na rua, tampando a passagem de outros carros em pleno sinal, que estava aberto para ela. Ao atravessar, esperamos para ver se ela ia passar, como não passou, seguimos em frente. A mulher começou a berrar dizendo que o sinal estava fechado para nós! E ela lá, parada tampando a rua!

E por falar em trânsito, a sinalização de São Paulo é de dar inveja a muita cidade. Placas grandes com letras realmente visíveis (digo isso por que andei sem óculos e li tudo). Até aquelas que ficam na esquina e tem o nome da rua. Uma beleza! Márcio Lacerda, o prefeito eleito de BHte, deveria seguir o exemplo.

Mas algumas me chamaram mais atenção que outras: as de trânsito. Em Beagá vemos: "Não feche o cruzamento", em Sampa é: "Nunca feche o cruzamento". Putz! Dá até medo de fechar o tal cruzamento! E quando você entra em um bairro sempre tem uma placa dizendo onde você está.

Outra coisa: a cada duas portas de comércio, uma tem um cartaz oferecendo emprego. Sei que deve ser por causa do Natal, mas são muitas!

Agora, o que mais me impressionou é a quantidade de japonês! Sabia que tinha muitos, mas não imaginava que eram tantos. Aquele monte de gente pequena, de olhos puxados e cabelo escorrido já estavam me deixando louca. E ainda ficam falando japonês o tempo todo! Me confundi tanto com esse povo que entrei em uma galeria lotada deles, fiquei perdida e não pedi informação por achar que eles não me entenderiam!! E olha que nem era no bairro Liberdade!

A 25 de março é uma perda de tempo! Prefiro a Paraná e Santos Dumond aqui em BH. Tudo caro, sujo e o povo não te atende direito. E olha que era o lugar que eu mais queria conhecer lá. Decepção.

São Paulo não tem boteco, coisa que me deixou triste e incucada. Como um povo pode viver sem um butequinho de esquina? Sentar numa mesinha de plástico, ou mesmo de ferro, na calçada, ver o povo passar e tomar uma cerveja gelada com os amigos. Não tem! Ou você bebe em um restaurante, que não tem graça nenhuma, ou sai à noite para a balada, que também não tem graça, pelo menos para mim.

E o que eu vi de cartazes com erros graves de português! Os telefones públicos ficam cheios de anúncios de garotas e garotos de programa: "seios americanos", "faço de tudo, mas tem que ser na minha residência", "deixo gozar na cara", "posso te encinar" (com 'c' mesmo).

Lá as coisas são organizadas, direitas, algumas metódicas, coisa que falta aqui. Bom, fazendo um balanço, posso dizer que gostei de lá, mas acho que moraria naquela cidade.

1 | Comente:

Anônimo disse...

Eu não gosto de SP.
Não sei pq.
Deve ser pq eu amo o Rio mais q tudo, rs...
E, quando fui aí em BH, até gostei da cidade.
Mas ainda prefiro o Rio, hehehe

Bjo, moça!