"Agora que eu quero ficar
Na hora em que eu decidi
Você diz que já não tem certeza
Me pede pra não insistir
Diz que quer pensar e sai sem olhar pra trás"
Na hora em que eu decidi
Você diz que já não tem certeza
Me pede pra não insistir
Diz que quer pensar e sai sem olhar pra trás"
(Luiza Possi - Escuta)
Tuda na vida tem fim. E se é fim, assusta. Não importa o quê.
Se foi de todo ruim, esse fim chega como um alívio, que, de tão forte, incomoda. Se foi bom, o final é mais doloroso, mas existe a certeza de que um dia passa.
Se ora era bom ora ruim, resta guardar o que de melhor aconteceu. Porém, guardar somente e não lembrar. Assim, os sentimentos ficam escondidos trazendo calma e paz ao invés de tormento. Assim, não se tem vontade de voltar atrás.
E voltar atrás implica em aceitar condições. E se já houve retorno e não houve entendimento, melhor não tentar.
Porém deve-se insistir. Sim, por que desistir é o mesmo que tornar-se fraco e incapaz. E se, em algum momento, perceber que vale a pena, não hesite. Faça o que for possível. Não tenha vergonha de expor os sentimentos e desejos. Eles valem mais do que qualquer comodidade, mesmo que não seja a sua.
Se mesmo assim, de nada valer, dê um fim. Mesmo que doa. E dói.
A dor pode vir da certeza de que poderia dar certo. Pode vir da acomodação e do costume. Saber que o início de outra caminhada é cheia de incertezas nos faz adiar o fim. E o que fazer na transição?
Por que não parar para pensar? Ou somente viver, da melhor forma possível? Por que essa fase terminou e muitas outras virão e irão.
Saber aceitar que a estrada acabou é fundamental. Essa estrada faz uma curva e continua logo ali. Mas será sempre a mesma via, cheia de buracos e sem acostamento. Essa estrada já não levou a lugar nenhum e nem vai. Olhe novamente o mapa. Veja quantas outras te esperam. Quantas oportunidades, tantos caminhos. Se serão seguros? Só arriscando.
Mas conseguir mudar o rumo é o suficiente para seguir em frente. E aquela estrada que você percorreu por tempos e tempos ficará mais distante. E ficará lá sempre. Não por que é estrada, mas por que não leva a lugar nenhum. Por que quer continuar com seus buracos, sua falta de perspectiva e sua curvas perigosas, capazes de ferir quem não diminui a velocidade. Se pelo menos suas placas estivessem visíves.
E como todas as histórias, essa teve um fim. Não mais um ponto e vírgula e sim um ponto. E pronto.
"Mas chegou a hora de acertar as contas
Com a sua própria vida
Se olhar no espelho e encarar seu medo
Beco sem saída
É... eu sempre escrevi e vivi desse jeito cruel:
As mesmas palavras sutis sobre o mesmo papel
Me deixa viver
É só o que eu te peço
Escute meu último adeus...
(Paulinho Moska - Último Adeus)
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