Pages

Subscribe:

13 de julho de 2009

Ênis, ênis, ênis

Acordei de madrugada me sentindo bem, apesar de estar com fome, apesar de ter comido um sanduíche enorme do jeito que eu gosto. Mas estava, apesar da fome, me sentindo bem.

Talvez estivesse dormindo ainda. Talvez o sono me fez sentir um bem estar de alma leve e lavada. E logo tive vontade de andar. Não de madrugada, por que para mim, 8 da manhã é madrugada. E pela falta de luz na janela, não deveria ser nem 4 horas.

Pensei: _ Quando acordar vou comer alguma coisa (nesse momento ouvi meu estômago dizendo: Já era tempo, né!) e andar. Sim, vou andar.

Porém uma coisa me trouxe à realidade e tirou toda a esperança de acordar, comer e andar. Um fato estranho e, por que não dizer, constrangedor. Eu não tenho tênis.

Parem de rir. É sério. Eu não tenho tênis. Nem um par sequer. Na verdade, o único que tenho foi usado pela última vez em meados de 1999. Ou seja, é muito tempo. E não que meu pé tenha crescido mais ou que o pobrezinho tenha saido de moda (mesmo porque, tênis não sai de moda). Mas ele está detonado. Não posso utilizá-lo. Mesmo. Nem sei porque ainda está aqui em casa.

Após esta constatação meu corpo pesou. Como assim eu não tenho um tênis? E nem me venham falar que muita gente não tem o que comer e eu aqui reclamando disso. A questão não é essa. Inclusive, me preocupo muito com quem não tem o que comer, mas eu ter um par de tênis de camelô não matará a fome mundial. Isso é fato!

E por falar em camelô, taí um um motivo pelo qual eu não comprei um tênis para mim até hoje. Sim, por que engana-se quem acredita que eu pagaria R$ 500 nisso. Engana-se também quem acha que eu pagaria R$ 100. Não, um calçado não vale tanto. Calçado não é uma coisa que você escolhe se quer andar com ou sem. Você tem que andar com um. Claro, convenções sociais. Tente entrar em um restaurante descalço. Tá, em algumas cidades do litoral pode, mas estou em Belo Horizonte. Se você for à padaria que fica abaixo do seu prédio o povo te olha com cara feia e você corre o risco de ser expulso sem pãezinhos.

Então, voltando no camelô. Como sou mão de vaca o suficiente para não pagar caro numa coisa que todos deveriam ter, espero a oportunidade para ir a um camelódromo e comprar. Não que eu não vá! Eu vou, mesmo porque adoro coisas baratas e, só em um shopping Oiapoque da vida que a gente encontra. Ou você acha que eu compro relógio de R$ 298,49 sendo que um idêntico está por R$ 15! Nunca! E outra, os dois vão acabar um dia. Melhor saber que eu gastei menos com um que durou cinco anos do que dar minha vida a um que não vai me acompanhar até minha próxima encarnação.

Voltemos ao foco do post. Outro problema encontrado por esta que vos fala trata-se de prioridade. Até hoje não consegui colocar um simples par de tênis no patamar acima de um vestido, por exemplo (estou abolindo a tal da calça jeans da minha vida. Qualidade de vida acima de qualquer coisa). Ou de uma buginganga qualquer. Isso por que eu não tenho costume de usar tênis. E aí você me pergunta: _ Então, para que comprar se você não usa?

Ora, para o dia em que eu acordar no meio da madrugada, com fome, tenha pelo menos a certeza de que tenho um par de tênis barato no armário para o caso de ter uma vontade súbita de usar um dia!

Isso já me aconteceu antes, mas com chinelo. Sim, teve uma época da minha vida em que eu não tinha chinelo. Mas isso fica para outro dia em que eu acordar no meio da madrugada, com fo.......

1 | Comente:

Pkena disse...

Ficou a contento!.. rs rs rs, mas como assim vc não tem tênis??? Adorei Sing!... Se vc se lembrasse da parte mais legal eu estaria morta de tanto rir agora!..