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6 de junho de 2008

Da série "Coisas que só acontecem comigo"

Um indiano cismou comigo. Mesmo. Apareceu do nada, me 'adêdê' no orkut e está na minha lista de contatos do gmail. Eu, pensando ser alguém da minha família me procurando para entregar o tão sonhado elefante de herança (para quem não sabe, tenho sangue indiano misturado ao brasileiro e com alguns mls de álcool. Daí o Sing. E não, eu não canto), aceitei-o.

Um belo dia o sujeito me chama para conversar. E em inglês. Até eu conseguir explicar que não sabia falar/escrever em inglês o cara já estava se achando íntimo, batendo o maior papo, sozinho. Na verdade consigo trocar algumas poucas palavras. Parece que ele entendeu, mas não desistiu. E o pior, estrangeiros também usam linguagem de internet.

Assim:
your (seu/sua) = ur
How are you (como vai você) = how r u
Where are you (onde você está) = whr ru

Imaginem então o que tive que fazer para entender inglês de internet! Agradeço por ele não ter conversado na língua oficial da Índia!!!!

Enfim, passados os obstáculos de comunicação, passamos a conversar quase todo dia. Não que eu chamasse, mas às 9hr estava ele lá: Hi, how r u?

Conversávamos sobre os dois países, suas diferenças, trabalho e família. Até que o papo foi sendo conduzido para outro lado. Era um tal de falar que meu sorriso era muito bonito, que ele estava gostando de conversar comigo. Um dia ele disse que precisava arrumar uma namorada para casar... Começei a ficar preocupada. Vai que é um psicopata. Pediu meu número de telefone. Gelei. Falei que tinha perdido (e ao invés de falar que eu ia comprar outro, dei tchau. Ele ficou um pouco chateado, mas avisei que não sei inglês). O sujeito, não satisfeito, disse que viria para o Brasil a trabalho e que ia aproveitar para me conhecer. Desesperei. Falei que era longe e que era impossível. Mas ele insistiu. A data? Julho de 2008.

Parei de conversar com ele por um tempo. Não respondia a seus chamados. Depois resolvi falar com ele para parar com aquela conversa. Não consegui por causa do restrito vocabulário. O cara então pergunta que dia que eu vou para lá. Sim, Índia. Eu ri. Perguntei se ele tinha noção da distância e do preço. Coitado, não tem.

Enfim, o indiano quer casar, acha que eu sou sua pretendente (eles casam sem namorar antes) e está prester a vir para o Brasil. Além disso, ele adquiriu uma mania péssima de falar "i will catch u later" quando se despede.

Deixo no ar a minha reação ao saber o que significa catch. Tá achando o quê? Sou brasileira mas não sou fácil assim não. Ninguém me pega assim não... aff!

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