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3 de junho de 2009

Amor: via de mão dupla

Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar

Por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais

Exagerado - Cazuza


O que você faria por amor? Não, não responda agora. Pense bem. Faria tudo? Quase tudo? Alugaria um helicóptero e jogaria pétalas de rosas para impressionar alguém? Subiria no palco com milhares de pessoas assistindo para declarar seu amor? Tatuaria o nome da pessoa amada? Deixaria de fazer coisas que você gosta para agradar alguém?

E o que você faria se esse alguém subestimasse seu amor? Aquele que te fez realizar loucuras por não caber mais em você? Aquele que te salvou de uma vida medíocre e vazia? Você seria capaz de brigar em frente a milhares de pessoas? Dizer palavras duras para a pessoa que desperdiçou o seu mais puro sentimento? Você mataria para honrar seu amor?

Vemos estampado nas capas de jornais situações em que o amor fala mais alto que a razão. E muitas vezes condenamos. Claro, é mais fácil achar uma barbaridade um rapaz que por algum motivo não tem mais a companhia de sua amada e, ao vê-la com outro, decide que é melhor lhe tirar a vida. Mas, e se analisarmos a situação com a ótica do, agora, assassino? Será que ao nos colocarmos no lugar dele e ainda pensar que ele estava errado não estaremos confessando a nós mesmos que nunca tivemos um grande amor? Daqueles que lutamos contra tudo e todos para saboreá-lo? Não seríamos nós apenas animais seguindo o nosso instinto? Não seria a razão baseada na intensidade do nosso amor?

O texto Sobre amor e outros crimes, publicado no site Jornalirismo, nos faz refletir sobre nossas atitudes em prol do amor. A crônica, de autoria do meu querido amigo Daniel Silveira, põe em cheque atitudes que nós, enquanto espectadores da vida alheia, consideramos doentias. Vale a pena ler! E deixar um recado lá também!

1 | Comente:

luciano disse...
Este comentário foi removido pelo autor.