(Re) Conheço duas fraquezas minhas: frustação e solidão. Não sei lidar com elas. Nunca soube.
Lembro-me que fazia de tudo para não magoar ninguém, mas não via o mesmo empenho nas outras pessoas. Mesmo assim me dava por satisfeita pelo simples fato de ter ajudado alguém ou a feito rir. Se a bola de sorvete da criança, que passa com a mãe na rua, caísse no chão, eu chorava. Não por mim, mas pela criança. Ela muitas vezes nem ligava. E eu ficava triste.
Sempre fui assim. Sentimental. Não gosto disso. Sofri e sofro demais pelos outros. E por mim. Queria ser mais fria ou pensar somente em mim, mas não consigo. Nas raras vezes que consegui, me arrependi. Fiz tudo o que não queria ter feito por impulso. Só assim para conseguir, ou tentar, atingir quem me fez mal. E sempre caio no mesmo pensamento: essa pessoa me fez mal por que eu não a fiz bem? A culpa tem que ser minha. A outra pessoa não pode ficar triste.
E quando meus esforços não são o suficiente, sofro. Sofro muito. Me anulo e não tenho valor? Não ganho nada em troca? Não.
Sei que uma pessoa não tem que fazer minhas vontades ou viver do meu jeito só por que faço isso por ela. Faço demais. Quero demais. Isso incomoda. A mim e a você(s). E tenho consciência disso. Mas então por que tenho que viver da sua forma? Se eu não me "auto-anulo", você o faz. E como ficam meus sentimentos? Nulos.
Me sinto um instrumento. Para mostrar, para rir, para comer, para dar, para chorar, para passear, para entender, para fazer, para matar saudade. E depois que as vontades passam, o instrumento é deixado de lado. Já fez o que tinha que fazer. E ai se eu falar o contrário. Viro chata, mau humorada, recatada, infeliz, mau agradecida e o escambau. Por que sou o instrumento e tenho que servir. Não importa o que e a quem.
E se decido não sucumbir às vontades alheias, sou deixada de lado. Já devem ter achado um substituto. Até eu que eu me encante com uma pessoa que só quer me usar. E acho que ela quer me usar por que gosta de mim e eu sou necessária, importante. Mas não, não tenho todo esse valor. Então frases como "não dá mais", "não rola", "não tem química" surgem em meus ouvidos. Tá! Já sei! Não precisa repetir nem gritar. Estou, novamente, deixada de lado. Já fiz meu serviço agora tenho que sair.
Confuso demais. Não pense que falo de amor. Não somente. Em tudo. Generalizando, eu? Não. Sou uma espécie de psicóloga de mim mesma. Preferiria que outra pessoa me dissesse que tenho que aprender a lidar com desilusões. Mas não preciso por que eu sei que preciso. Seria bom somente para reafirmar. Mas não quero que um estranho perceba o quanto sou frágil e besta.
Escrevi algo que já me arrependi. Mas agora foi. E será lido. Talvez replicado. Sei qual será a reação. Mesmo que não a veja. Ops! Fiz papel de idiota! Fiz o meu papel. De idiota. E não será interpretado da forma que eu queria. Paciência. Quero algo novo. Mas quero algo novo que me dê tudo o que eu tenho para dar. Sim... quero olhar nos olhos e saber que será enterno enquanto dure. Quero poder ligar sem medo e ouvir: "também estou com saudade". Quero algo sério que me traga segurança. Algo sério que não pareça tão sério. Leve, tranquilo.
Tinha prometido para mim que não escreveria sobre essas coisas aqui. Por vários motivos. Não quero que vocês, leitores, pensem que estou no fundo do poço. E não estou. Sei o quanto é desagradável ler um texto depressivo. Ninguém volta a não ser que esteja depressivo. Escrever assim é o mesmo que falar "ei! alguém aí quer me ouvir?". Desabafo. Queria poder falar isso para uma pessoa em especial, mas o tempo acabou. Uma outra não iria querer ouvi. E uma terceira não entenderia. Não quero falar disso com mais ninguém. Outra coisa, todos começam a perguntar se estou bem. Gosto disso. Não reclamo. Me sinto amada quando se preocupam comigo. Mas não quero meus leitores e amigos preocupados comigo. Meu conflito é interno com algumas intervenções externas.
Sinto-me profundamente excluída e sozinha quando não faço parte da vida das pessoas que gosto. Ninguém tem que abrir seu diário para mim ou estar o tempo todo comigo. Mas me sinto assim. Fotos, fatos... e eu não estou. Sábado me senti fazendo parte de alguma coisa. Coisa importante para mim. Muito. Me ouviram, riram comigo e não pediram nada em troca. E sei que vai continuar assim. Lá me sinto importante. Mas dos outros eu nem sei mais. Conheceram outras pessoas, frequentam outros lugares. E a velha Sing ficou para depois ou até algum dia. Falei disso no post anterior. E isso ainda me incomoda. Faço o mesmo. Vou a lugares diferentes e conheço novas pessoas. Mas sempre penso que poderia ser melhor se novos e antigos se unissem. Coisa minha.
Meu telefone não toca, minha caixa de e-mail só tem propaganda e corrente. Cartas? Nunca mais. Logo eu que procuro para não deixar ninguém sozinho. Que lembro de aniversários, situações, canções. Para que? Seria demais pedir ao menos um scrap como retorno? Nem que seja isso. Todos a minha volta estão bem em alguma coisa. Até os que pensei que não ficariam. Fico feliz por eles. Sinceramente. E fico triste por mim, que não saio do lugar. Sinceramente.
Tenho problemas com idade. Não tenho medo de envelhecer. Tenho medo de ficar velha e continuar como estou. Não tenho nada, não sou nada. Quantas pessoas na minha idade, ou mais novas, estão bem financeiramente, sentimentalmente, psicologicamente? O que eu consegui até hoje? Pouca coisa. E me sinto péssima por isso. Não imaginei que fosse assim. O tempo passa e as coisas não progridem. Não sou jovem e não sou adulta. Não por que quero, mas porque não tenho alegria e tempo de jovem, nem maturidade e sucesso de adulto.
As idéias foram jogadas aqui aleatoriamente. Não saberia, pelo menos nesse momento, colocá-las em ordem. E não fariam diferença. Tinha muito mais coisa para falar. Mas assim como a voz, as palavras estão engasgadas. E ainda tenho um longo dia pela frente. Até dormir e acordar num novo dia, uma nova perspectiva, vai demorar. Até lá, muita coisa vai se passar pela minha cabeça. Talvez deveria aceitar a proposta. Sair para nunca mais. Mas até isso vai demorar.
Lembro-me que fazia de tudo para não magoar ninguém, mas não via o mesmo empenho nas outras pessoas. Mesmo assim me dava por satisfeita pelo simples fato de ter ajudado alguém ou a feito rir. Se a bola de sorvete da criança, que passa com a mãe na rua, caísse no chão, eu chorava. Não por mim, mas pela criança. Ela muitas vezes nem ligava. E eu ficava triste.
Sempre fui assim. Sentimental. Não gosto disso. Sofri e sofro demais pelos outros. E por mim. Queria ser mais fria ou pensar somente em mim, mas não consigo. Nas raras vezes que consegui, me arrependi. Fiz tudo o que não queria ter feito por impulso. Só assim para conseguir, ou tentar, atingir quem me fez mal. E sempre caio no mesmo pensamento: essa pessoa me fez mal por que eu não a fiz bem? A culpa tem que ser minha. A outra pessoa não pode ficar triste.
E quando meus esforços não são o suficiente, sofro. Sofro muito. Me anulo e não tenho valor? Não ganho nada em troca? Não.
Sei que uma pessoa não tem que fazer minhas vontades ou viver do meu jeito só por que faço isso por ela. Faço demais. Quero demais. Isso incomoda. A mim e a você(s). E tenho consciência disso. Mas então por que tenho que viver da sua forma? Se eu não me "auto-anulo", você o faz. E como ficam meus sentimentos? Nulos.
Me sinto um instrumento. Para mostrar, para rir, para comer, para dar, para chorar, para passear, para entender, para fazer, para matar saudade. E depois que as vontades passam, o instrumento é deixado de lado. Já fez o que tinha que fazer. E ai se eu falar o contrário. Viro chata, mau humorada, recatada, infeliz, mau agradecida e o escambau. Por que sou o instrumento e tenho que servir. Não importa o que e a quem.
E se decido não sucumbir às vontades alheias, sou deixada de lado. Já devem ter achado um substituto. Até eu que eu me encante com uma pessoa que só quer me usar. E acho que ela quer me usar por que gosta de mim e eu sou necessária, importante. Mas não, não tenho todo esse valor. Então frases como "não dá mais", "não rola", "não tem química" surgem em meus ouvidos. Tá! Já sei! Não precisa repetir nem gritar. Estou, novamente, deixada de lado. Já fiz meu serviço agora tenho que sair.
Confuso demais. Não pense que falo de amor. Não somente. Em tudo. Generalizando, eu? Não. Sou uma espécie de psicóloga de mim mesma. Preferiria que outra pessoa me dissesse que tenho que aprender a lidar com desilusões. Mas não preciso por que eu sei que preciso. Seria bom somente para reafirmar. Mas não quero que um estranho perceba o quanto sou frágil e besta.
Escrevi algo que já me arrependi. Mas agora foi. E será lido. Talvez replicado. Sei qual será a reação. Mesmo que não a veja. Ops! Fiz papel de idiota! Fiz o meu papel. De idiota. E não será interpretado da forma que eu queria. Paciência. Quero algo novo. Mas quero algo novo que me dê tudo o que eu tenho para dar. Sim... quero olhar nos olhos e saber que será enterno enquanto dure. Quero poder ligar sem medo e ouvir: "também estou com saudade". Quero algo sério que me traga segurança. Algo sério que não pareça tão sério. Leve, tranquilo.
Tinha prometido para mim que não escreveria sobre essas coisas aqui. Por vários motivos. Não quero que vocês, leitores, pensem que estou no fundo do poço. E não estou. Sei o quanto é desagradável ler um texto depressivo. Ninguém volta a não ser que esteja depressivo. Escrever assim é o mesmo que falar "ei! alguém aí quer me ouvir?". Desabafo. Queria poder falar isso para uma pessoa em especial, mas o tempo acabou. Uma outra não iria querer ouvi. E uma terceira não entenderia. Não quero falar disso com mais ninguém. Outra coisa, todos começam a perguntar se estou bem. Gosto disso. Não reclamo. Me sinto amada quando se preocupam comigo. Mas não quero meus leitores e amigos preocupados comigo. Meu conflito é interno com algumas intervenções externas.
Sinto-me profundamente excluída e sozinha quando não faço parte da vida das pessoas que gosto. Ninguém tem que abrir seu diário para mim ou estar o tempo todo comigo. Mas me sinto assim. Fotos, fatos... e eu não estou. Sábado me senti fazendo parte de alguma coisa. Coisa importante para mim. Muito. Me ouviram, riram comigo e não pediram nada em troca. E sei que vai continuar assim. Lá me sinto importante. Mas dos outros eu nem sei mais. Conheceram outras pessoas, frequentam outros lugares. E a velha Sing ficou para depois ou até algum dia. Falei disso no post anterior. E isso ainda me incomoda. Faço o mesmo. Vou a lugares diferentes e conheço novas pessoas. Mas sempre penso que poderia ser melhor se novos e antigos se unissem. Coisa minha.
Meu telefone não toca, minha caixa de e-mail só tem propaganda e corrente. Cartas? Nunca mais. Logo eu que procuro para não deixar ninguém sozinho. Que lembro de aniversários, situações, canções. Para que? Seria demais pedir ao menos um scrap como retorno? Nem que seja isso. Todos a minha volta estão bem em alguma coisa. Até os que pensei que não ficariam. Fico feliz por eles. Sinceramente. E fico triste por mim, que não saio do lugar. Sinceramente.
Tenho problemas com idade. Não tenho medo de envelhecer. Tenho medo de ficar velha e continuar como estou. Não tenho nada, não sou nada. Quantas pessoas na minha idade, ou mais novas, estão bem financeiramente, sentimentalmente, psicologicamente? O que eu consegui até hoje? Pouca coisa. E me sinto péssima por isso. Não imaginei que fosse assim. O tempo passa e as coisas não progridem. Não sou jovem e não sou adulta. Não por que quero, mas porque não tenho alegria e tempo de jovem, nem maturidade e sucesso de adulto.
As idéias foram jogadas aqui aleatoriamente. Não saberia, pelo menos nesse momento, colocá-las em ordem. E não fariam diferença. Tinha muito mais coisa para falar. Mas assim como a voz, as palavras estão engasgadas. E ainda tenho um longo dia pela frente. Até dormir e acordar num novo dia, uma nova perspectiva, vai demorar. Até lá, muita coisa vai se passar pela minha cabeça. Talvez deveria aceitar a proposta. Sair para nunca mais. Mas até isso vai demorar.
"De que vale seu cabelo liso e as idéias enroladas dentro da sua cabeça?"
"Me diz como é que eu vou fazer para desenrolar"
"Me diz como é que eu vou fazer para desenrolar"
1 | Comente:
Poxa... Vc fala de sua vida sentimental e por incrível que pareça, estou me sentindo exatamente assim!
Estou me sentindo como esse instrumento que vc disse, mas tbm não estou no fundo do poço...
Só tenho atraído pra perto de mim pessoas desse tipo, que não sabem dar valor ao sentimento e que fazem questão de mostrar que com ou sem vc não faz diferença..
Existem muitas pessoas especiais nesse mundo, nós é que não estamos sabendo escolher..
O segredo é nao correr atras das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até vc..
No final das contas vc vai achar não quem vc estava procurando, mas quem estava procurando por vc!!
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