O outro lado do oponente/continente

Em época de Olimpíada, a mídia faz a festa. Nada de redação implorando uma informaçãozinha da polícia, incomodando o IML, procurando secretários e coordenadores de qualquer lugar, correndo feito loucos atrás de uma simples batida de carro. Ao invés de fazerem o mesmo trabalho (árduo) rotineiro, esperam as notícias chegarem via e-mail, telefone, televisão (nas transmissões ao vivo) e dos correspondentes, que levam a boa por terem toda a viagem paga, possibilidade de conhecer lugares diferentes e ainda receber por isso.

Ahhh! O esporte! Além de render (muito) trabalho para jornalista, rende recordes, patriotismo, conhecimento e muita, muita matéria. A Globo.com que o diga. Mobiliza boa parte da sua equipe para sair na frente e informar os internautas de tudo o que está acontecendo do outro lado do mundo. Mas a correria nem sempre é um bom negócio. Como dizia um professor meu (que não lembro qual, só sei que disse): "é melhor perder um furo do que dar informação errada".

Mas nesse caso, sinceramente, na minha opinião, foi maldade. O jornalista, farto de trabalho, sacaneou a empresa (Organizações Globo) e divulgou a notícia de qualquer forma. Preste atenção no título e na foto. Viram? Só pode ser sacanagem do profissional. E não satisfeito, ainda chamou os leitores para compartilhar da zoação olímpica com a chamadinha abaixo. Coisa do tipo: esse foi o tombo do dia, amanhã elegeremos outro e no fim do evento faremos uma enquete para saber qual foi o mais hilário.

Me orgulho muito da minha profissão e dos meus colegas de trabalho. É sério.